18 mil contra <i>CTT</i> privados

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações entregou segunda-feira na AR uma petição contra a privatização dos CTT, com quase 18 mil assinaturas.

A petição, entregue a Jaime Gama por uma delegação do SNTCT/CGTP-IN, ultrapassou o mínimo exigido de quatro mil subscritores, o que vai obrigar a que o seu conteúdo seja analisado pela comissão parlamentar de Transportes e Comunicações. Depois de ouvir os promotores da iniciativa, esta deverá elaborar um relatório sobre a matéria, seguindo-se a discussão em plenário parlamentar.

«Os trabalhadores dos CTT já pagaram o défice de muitos governos, querem continuar a prestar aos utentes um serviço de qualidade e não querem ver a empresa desmembrada», afirmou José Oliveira à agência Lusa. O dirigente sindical explicou que, para a recolha das 17 971 assinaturas de apoio à petição, foram também contactadas juntas de freguesia.

No texto da petição é defendido que os CTT - Correios de Portugal «são herdeiros de quase 500 anos de história de prestação de bons serviços postais aos portugueses» e constituem «o garante do acesso de todos os cidadãos, em igualdade e a preços acessíveis, à comunicação escrita», «apesar da má administração do serviço público de correios, levada a cabo pelos últimos conselhos de administração dos CTT - compostos por gestores públicos nomeados pelos sucessivos governos - que deterioraram e continuam a deteriorar a qualidade do serviço prestado às populações, em favor do lucro».

Por isso, é pedido à Assembleia da República que impeça a privatização total ou parcial, prevista pelo Governo no âmbito do PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento).

O sindicato e os subscritores da petição recordam ainda que «os exemplos de anteriores privatizações de serviços públicos demonstram à evidência que aqueles que os compraram apenas querem deles retirar o máximo de lucro».



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